Na Rua

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Arrisco-me, mas saio. 

Para andar de trem, 

para andar de bike,

para andar de carro, 

para andar e ponto

e para correr. 

 

Sento na rua, 

na chuva, 

no bar,

na mesa de fora,

na feira,

no chão,

no degrau.

 

Vou à praça

ao parque, 

à avenida, 

à ciclovia,

ao outro lado.

 

Saio para fora, 

fumo um cigarro,

espero o carro,

espero o sol

espero o lugar.

 

A janela é aberta 

A deixar a cidade,

o vento,

a chuva,

e o cheiro entrar. 

 

Porque sou de fora,

Sou da rua. 

Tomo chuva, 

tomo sol,

tomo vento 

e sempre saio. 

 

E talvez morra 

Ou me morram

Por ver na rua

a principal arte. 

o palco

a convivência, 

a vida.

 

Não é shopping, 

ou é prédio

ou teto

ou tédio

A cidade é na rua.