Clipes: plágio, homenagem ou tendência?

Quando Radiohead lançou Lotus Flower, em fevereiro deste ano, comentei que a técnica de edição usada era incrível. E continua sendo. A movimentação de Thom Yorke causa um certo estranhamento, mas muitos não conseguem perceber o porquê.

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É a falta de frames, o que aconteceu muito com filmes antigos. Só que, na época, a falta de frames era um problema técnico. Antigamente, as gravações eram feitas em rolos de filmes parecidos com as bobinas fotográficas que se usava para fotografar antes do formato digital (lembra que tinha que levar pra revelar, ampliar? Nem faz tanto tempo assim). E o processo de edição era totalmente manual (cortava-se o filme e colava-se em outro pedaço, como bem explicado pelo Clube da Luta).

Com o tempo, algumas partes desses filmes perderam-se, ou queimados pela forte luz do projetor da época, ou rasgados, furados e simplesmente perdidos. Quando se vê filmes antigos hoje, percebemos alguns “pulos”, que é exatamente essa falta de frames (você pode ver um exemplo em “O Cão Andaluz”, de Dali e Buñuel, clicando aqui).

Nesse clipe do Radiohead, eles retiraram propositalmente alguns frames – só o suficiente para deixar o movimento um pouco picotado, sem exagerar muito para justamente causar tal estranhamento. Então, o cérebro acha que é a movimentação da pessoa é estranha, mas na verdade é a falta de frames. Genial, não?

Bom, a mesma técnica foi usada no novo clipe da Florence and the Machines (Shake it Out), mais para o final, quando ela dança – o que ficou bem bacana, por ser discreto. E exageradamente no controverso Countdown, na Beyoncé. Ambos você pode conferir abaixo.

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Seria tudo isso um plágio, homenagem ou simplesmente tendência?

O novo do Radiohead

Confesso que o álbum é um pouco difícil, preciso ouvir mais vezes para digerí-lo e criar uma opinião sobre. Contudo, o video clipe da primeira música lançada pelo Radiohead é simplesmente fenomenal. Vocês perceberam algo de diferente, que incomoda um pouco? Se sim, poste nos comentários o que vocês acharam esquisito. Depois eu conto o que eu acho que o clipe, tecnicamente, tem de fenomenal!

Radiohead: inacreditável!

Domingo (22) é dia de Radiohead em São Paulo e, claro, eu vou! Estou me preparando musicalmente e psicologicamente desde já que o show que já defini como: “para ir antes de morrer”! Aliás, dessa lista já foram 3, todos no Brasil: Pearl Jam, Björk e R.E.M.

Para melhorar, além de Radiohead tem Kraftwerk e Los Hermanos.

Serviço

Local: Chácara do Jockey – Santo Amaro

Data e Horário: 22 de março, às 17h30.

Preço: R$ 200,00 (ainda há ingressos)

www.ingresso.com.br