História

Ontem, vi a Lista de Schindler. Hoje, foi anunciada a morte de Eric Hobsbawm – talvez o maior estudioso da história do séc. XX. Parecia um prenúncio, o filme. E, enquanto assistia, eu não parava de pensar: como a humanidade conseguiu chegar a esse ponto? (se não me engano, essa é a pergunta de Hobsbawm em “A Era dos Extremos” para esta época). Eu não consigo entender (acho que nem mesmo Hobsbawm ou os maiores gênios do mundo conseguiram ou conseguirão entender um dia)… Só sei do que eu sinto e gosto de estudar e gosto de saber das atrocidades da Alemanha Nazista. Gosto que esfreguem na minha cara até que ponto de desdém e maldade o ser humano pode chegar. Gosto de sentir asco, nojo por aqueles que, por algum motivo, se tranformaram em máquina e perderam a humanide. Porque é assim que consigo valorizar seres humanos de verdade e me policiar para não virar uma máquina sem nada dentro.

Não, não vejo a história como importante ferramenta para prever o futuro, isso é impossível – porque o ser humano é imprevisível. Vejo como ferramenta argumentativa para não repetição de erros e para tomada de decisões presentes, que, aos poucos, vem sendo esquecida, deixada de lado e colocada como uma ciência menor. (Quem foi que disse que um povo só evolui quando conhece sua própria história??? Não me recordo se foi Hobsbawm ou outra pessoa.)

E me preocupa muito essa desvalorização da ciência histórica, essa desvontade de olhar para trás… Meu medo? Ver atrocidades como aquela acontecendo de novo… Oh, wait… Será que não está acontecendo?

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* Esse texto foi construído sem procura de referências no Google, apenas na memória. Dêem um desconto, ok? 😀

* Qualquer pessoa que estudou comunicação ou coisa parecida já leu qquer coisa de Hobsbawm. RIP.

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